Inteligência emocional: de que forma a escola pode contribuir?

Inteligência emocional: de que forma a escola pode contribuir?
Educação

10/12/2020

Durante muito tempo a escola acreditou que o papel dela era ensinar conteúdos cientificamente estabelecidos, ou seja, seu foco estava no desenvolvimento da razão. Assim sinônimo de ser inteligente era possuir muitos conhecimentos e saber “pensar” ou “raciocinar” bem.

Hoje sabemos que acumular conhecimentos não é suficiente para ser bem sucedido na escola e no trabalho, para ter uma boa relação com as pessoas ou boa qualidade de vida. É necessário um equilíbrio entre a mente racional e a mente emocional.

Quando falamos de inteligência emocional temos a impressão de tratar-se de um tema do campo da autoajuda, mas não é! Esta inteligência se refere às habilidades de motivar a si mesmo a persistir mediante frustações e a de controlar as emoções para situações apropriadas.

Essas habilidades estão presentes de forma muito significativa nas Competências Gerais da BNCC. Mas de que forma a escola pode e deve desenvolvê-las?

No ambiente escolar as pessoas são desafiadas o tempo todo, seja por novos conhecimentos ou pelas relações interpessoais. Isto desencadeia uma série de conflitos e sentimentos que encontram no diálogo e autoanálise as ferramentas necessárias para o desenvolvimento da sua inteligência emocional.

Para isso, nós professores devemos incluir em nossa prática educativa: um olhar atento sobre as emoções de nossos alunos; o ato de ajudar as crianças a verbalizar suas emoções; o auxílio para que os alunos encontrem as possibilidades de soluções para seus problemas; e principalmente devemos reconhecer que os conflitos são uma oportunidade de orientação e aprendizagem.

Dessa forma, valorizando todo e qualquer momento de troca de experiências (conflituosas ou não) bem como os sentimentos de todos, oferecemos oportunidade de aprendizagens emocionais que poderão ser multiplicadas em situações para além da escola.

Você já tinha ouvido falar em inteligência emocional e que a escola também é um espaço importante para seu desenvolvimento?

 

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Saiba mais:

COTTMAN; DECLAIRE, JON. Inteligência emocional e a arte de educar nossos filhos. Trad. Adalgisa Campos da Silva Rio de Janeiro: Objetiva, 1997.

GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional. Trad. Marcos Santarrita. 5ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 1996.

PIAGET, Jean. Para onde vai a educação? Trad. Ivette Braga. 14ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998.


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Sandreilane Cano da Silva

Sandreilane Cano da Silva


Pós-doutora em Psicologia da Saúde pela Escola de Ciências Médicas e da Saúde da Universidade Metodista de São Paulo. Pesquisadora Colaboradora do Grupo de Pesquisa em Desenvolvimento Moral do Instituto de Psicologia da USP. Doutora e Mestre em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pelo Instituto de Psicologia da USP. Especialista em Psicopedagogia Construtivista e Pedagoga pela Faculdade de Educação da UNICAMP. Já atuou como professora de Educação Infantil e consultora pedagógica em reportagens na área de Educação. Atualmente é professora no Ensino Superior, atua em cursos de formação de professores e atende como psicopedagoga.

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